Paulina Chiziane nasceu a 4 de Junho de 1955 na província moçambicana de Gaza, no seio de uma família protestante, onde se falava chope e ronga. Aprendeu a falar português na escola de uma missão católica, pouco antes de se mudar para Maputo. Iniciou os estudos superiores na Universidade Eduardo Mondlane, mas nunca concluiu a licenciatura de Linguística.
A viver na capital moçambicana, Paulina acabou por se juntar à FRELIMO durante a luta pela independência. Desiludida com a política, em 1984 abraça a escrita, começando pelos contos. A grande influência veio do avô, um contador de histórias nato. Começa por publicar alguns dos seus contos na imprensa moçambicana, como a Página Literária e a revista Tempo, histórias que falam da vida em tempos difíceis, mas da esperança, do amor, da mulher, e de África.
Em 1990, Paulina Chiziane torna-se a primeira mulher moçambicana a publicar um romance – ‘Balada de Amor ao Vento’. No entanto, Paulina não gosta do termo romancista e diz sobre si: “Sou contadora de estórias e não romancista.
Paulina Chiziane cresceu nos subúrbios da cidade de Maputo, anteriormente chamada Lourenço Marques. Nasceu numa família protestante onde se falavam as línguas Chope e Ronga. Aprendeu a língua portuguesa na escola de uma missão católica. Começou os estudos de Linguística na Universidade Eduardo Mondlane sem ter concluído o curso.
É a primeira mulher que publicou um romance em Moçambique.
Iniciou a sua atividade literária em 1984, com contos publicados na imprensa moçambicana. As suas escritas vem gerando discussões polémicas sobre assuntos sociais, tal como a prática de poligamia no país.
Com o seu primeiro livro, Balada de Amor ao Vento (1990), a autora discute a poligamia no sul de Moçambique durante o período colonial.
O seu romance Niketche: Uma História de Poligamia ganhou o Prémio José Craveirinha em 2003
Em 2016, anunciou que decidiu abandonar a escrita porque está cansada das lutas travadas ao longo da sua carreira.
Em 2021, tornou-se a primeira mulher africana a ser distinguida com o Prémio Camões, a mais prestigiosa honraria conferida a escritores lusófonos, patrocinada pelos governos de Brasil e Portugal.
Alguns Prémios e Reconhecimento
– 2003 – Prémio José Craveirinha de 2003, pela obra Niketche: Uma História de Poligamia.
– 2010 – A Casa de Moçambique em Portugal homenageou-a em 2010, em Maputo.
– 2013 – o então Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco
Silva, condecorou-a com o grau de Grande Oficial da Ordem Infante D. Henrique.
– 2021 – Ganhou o Prémio Camões.
– 2021 – é lançado o documentário Paulina Chiziane: do mar que nos separa à ponte que nos liga, sobre a sua vida e obra.
– 2023 – 100 mulheres mais inspiradoras do mundo pela BBC.
Algumas das Obras:
– Balada de Amor ao Vento:
– Ventos do Apocalipse:
– O Sétimo Juramento.
– Niketche: Uma História de Poligamia
– As Andorinhas
– O Alegre Canto da Perdiz.
– Na mão de Deus
– Por Quem Vibram os Tambores do Além
– Ngoma Yethu: O curandeiro e o Novo Testamento
– O Canto dos Escravizados.
– Eu, mulher… por uma nova visão do mundo